Ela está ali, parada
Observando o jardim à sua frente regado por uma escuridão de estrelas.
A janela apagada sobre sua cabeça à remetia lembranças cheias de calor.
Noite fria, coração quente.
Os olhos queriam desabar.
Ultimamente aquela menina já não era mais o significado de rigidez que fora outrora.
O cheiro de doce do ar literalmente exalava morango.
Ar leve, silêncio. 3 anos.
Sua parceira chegou lá pelas 23 horas.
Ela abriu o portão como já o fez tantas vezes.
O miado de seu deslizar ameaçando os que dormiam.
E sim, lá estava ela. Chegando com todo o ar de adulto que a idade à fez ganhar. Cresceu, mas a menina crescera também, então não fazia diferença.
Caminharam até a varanda que já sentia falta daquelas silhuetas nas paredes.
Um abraço, ou até algo que não pode ser explicado, ocorreu ali.
Forte, angustiado, com fome, com pressa e sem demora.
Dois caminhos que já foram o mesmo, agora se juntando novamente.
Na verdade uma coisa é certa.
Eles nunca se separam, só ficam meio apagados.
Mas quando a menina assopra, lá estão eles proseando na noite fria.
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