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Mostrando postagens de dezembro, 2009

rebirth

Deixe-me experimentar a glória, sentir o vento do abismo sobre meus cabelos, tomar venenos e antídotos diariamente, enlouquecer e voltar à sanidade, viver e morrer. Deixe-me experimentar a vitória, andar em nunvens, viajar para os maiores paraísos e desafios. Que eu suba na montanha mais alta com meus próprios meios e méritos e finque a minha bandeira de poder. Que meus olhos lancem os olhares mais marcantes Que minhas palavras sejam profecias a serem seguidas Que meus atos sejam só meus. Que eu desfrute dos prazeres mais insanos possíveis, me apaixone e faça apaixonar diariamente, sem falta. Que minha poesia seja minha respiração, Que meu amor se intensifique como a chama quando assoprada e que minha paixão ache morada em minha pele e nunca morra. Deixe-me ser obstinada, epicura, inconsequente e menos inconsequente. Deixe-me encantar com meus acordes e melodias, hipnotizar com minhas palavras. Que eu consiga todas as coisas as quais realmente desejo. E muita força pra 2010. Feliz ano

devaneio

Estou a horas tentando encontrar alguma dádiva que possa ser comparada à minha dama. Alguma estrela mais brilhante que o sol para ilustrar o brilho que teu olhar irradia, E gosto mais doce que do beija-flor, que já tocou os lábios de todas as flores da primavera, para descrever o quão doces são teus lábios. Talvez deva desistir. Eu, pobre poeta sem palavras, frustrada por não encontrar tamanha beleza em outro lugar.

as mesmas montanhas congeladas

Sempre gostei de amores platônicos. Alí paradas em seu pedestal, e eu, mero súdito, ajoelhada humildemente a fitar seus olhos. O caminho é o mesmo que já fiz tantas vezes mas ainda tem gosto de adrenalina. Os cigarros são inúteis para o semblante apreenssivo. Eu sei que não tem novidades, não tem o ar sereno de um primeiro aceno, não tem minha bagunçada no cabelo pra tentar fazer charme, mas é um caminho que me atrai e sempre atraiu. Vou e volto como em um passeio turístico pela minha própria terra. Meu único segredo vai continuar bem guardado por detrás de meus olhos pedintes de súdito. Eles quase me denunciam, mas sei disfarçar! Sei fingir com a desenvoltura de um artista, ensaiando uma cena de malandro de bem com a vida. Escondo que na verdade estou trêmula no corpo e nos pensamentos e queria saber até agora que força foi aquela que me impediu de ficar parada, estática, e fez-me continuar os passos. Foi-se a monarquia, mas ainda sou um súdito, camponesa distante que colhe maçãs e es

seria uma sereia, ou seria sol?

Eu cansei de ser só feita de papel. A pele pálida ao vento, um cigarro na boca, os olhos observando a avenida movimentada onde almas individualistas transitam. E meus pensamentos, ah.. estes vagam por horizontes totalmente diferentes, visitam céus tempestuosos e límpidos.. tudo num piscar de olhos, num cair de flores, num soprar do vento. O vento, o mesmo que toca minha pele leva minhas idéias para longe e para perto. Insistente, vai.. mas sempre volta. Eu cansei dessa sensação de impotência. O que me assombra vou deixar me dominar, dominar tão profundamente que irá me libertar de uma vez por todas. E que me domine até eu não ter mais ar nos pulmões, que essa angústia me encha por inteira. aí terei algo em meu peito. algo completo e cheio. E quando me encher completamente dessa sensação, vou deixá-la ir em paz. e eu estarei em paz. Talvez com uma sutil companhia que me faça bem, talvez sozinha com as agradáveis companhias que descobri ultimamente. E não vai ter mais imaginação voando c

conto sem nexo

A chuva caía insistentemente na superfície inquieta da piscina. Ela observava pela janela aquele céu acinzentado, ouvia os murmúrios da água contra a janela, pensava que preferia ficar em casa, mas que não aguentaria o sufocar do descaso que sentia. Seus planos foram traçados naquela mesma semana, até um certo impulso a havia carregado para aquele momento. Passara o dia com sonhos que agora foram levados com a água, a mesma água que batia em seu rosto no caminho escuro subindo a rua Pamplona. Aquela situação não poderia se repetir, foi somente um beliscar de raiva para que ela bambeasse em sua sanidade. Rumou a contra gosto para o mesmo inferno do qual estava acostumada, bebeu a mesma coisa que sempre bebia, conversou a mesma conversa de sempre. A única diferença era que sua companhia a compreendia, riam até a exaustão, dançavam como doentes de um sanatório, eram irmãs em uma bolha, não pensavam em mais ninguém. De repente ela percebeu que seu desgosto se transformava em fome, ela tinh

romantismo de quinta série da universidade.

Cada olhar é uma luz que pode guiar O caminho escuro que a alma às vezes cria São sempre dois fachos de luz, lado a lado Pra iluminar completamente a areia movediça . Dois saem do ambíguo e se tornam oração De palavras sempre ditas, repetidas e marcadas Palavras que não são somente palavras, São prosas, versos, sonetos Musicalização das batidas apressadas no peito. É a perdição em meio à música desse um só ser que nasce Ela parece não sair do ar Toca ao ouvido a cada nova manhã e a cada entardecer E soa tão sublime quando os dois cantores se unem Que se torna parte das paredes, quartos, camas e sonhos. Súplica: Meu deus, que romantismo tolo é este Que me faz escrever coisas de amor Até quando não tenho porquê?