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Mostrando postagens de setembro, 2009

cobras, cobranças, cobrinhas

Como é que pode tanta hipocrisia, tanto veneno. Tanto veneno infecto saindo pelas bocas cheias de tentáculos de cada pessoa. Tanto veneno. Ele se dispersa com cada palavra, sílaba e acento meramente calculado. Tanto veneno. E só. Pra nao engolir mais veneno, eu me recolho. Mas o que bate, volta.

filosofias de universitário

Pessoas são como acordes. Cordas, notas, dedilhados, vibração, som. A música que vai sair só depende delas. O jeito que você vai tocar, só depende de você. Eu quero o rock antigo. As guitarras simples, mas vibrantes; a batida apressada, o baixo atordoante. Mas os acordes, estes devem ser os mais complicados possíveis. Difíceis de serem reproduzidos. Muitas tentativas, muito treino, Porque se for fácil, não tem graça.. não para mim. É a dormência nos dedos que engrandece a posterior reprodução do som. Pessoas são como acordes. Cada acorde forma um tipo de música. Eu sei bem o tipo musical que quero. Mas sempre.. Pessoas são como acordes.

come feel it

É quando o cair da noite vem.. O barulho insistente do ventilador a ranger no teto na tentativa de espantar o calor. Vem o calor, vem a falta da luz, vem a sobra da sua falta. Como pode essa falta sua sobrar nesse espaço apertado do meu quarto? Desconhecido. Assim como você, uma quase desconhecida. Pudera eu me encantar pelos teus olhos, pelo teu sorriso perfeito, pela tua risada espontânea, pelo conjunto do teu rosto quando se concentra a observar o meu? Falta, ela preenche a minha noite ao som de Cranberries e Coca-Cola. E enquanto eu me estendo em minha cama para escrever este texto, de repente me pego sentando em somente 1/8 do colchão. Só me falta sorrir agora não é? E este sorriso de pura malandragem vai te envolver e trazê-la para o meu mundo, Não é um mundo de brincadeira, é um mundo de concreto. Mundo de papel e caneta na mão e assinatura de contrato! Quero dar as chaves do meu apartamento e chegar em casa com a surpresa que me prometeu. E aí.. eu vou sorrir!
Eu gosto de coisas leves, aprecio o diferente. Olhar desafiador e exigente. Sinto que a névoa está se dissipando em uma ótima vista do horizonte Eu quero colocar os pés no chão depois do voo de asa delta, Viver sem limites, mas aprender a ter os limites necessários.

''Romance de outono''

E então é assim? Eu despenco de um abismo, me estouro nos rochedos, tento resistir e chegar até a orla. Lá na beirada há uma grande árvore repleta de folhas tão esverdeadas que me fascinam. Seu tronco tem a coloração clara, com lascas mais escuras formando um quase dalmateado, É tão alta e imponente que meus olhos não enxergam seu fim. Eu me aproximo desta maravilha da natureza, primeiro escrevo meu nome em sua madeira macia, Depois sento a seu lado para me proteger das chuvas, seus grandes e diversos galhos me protegem do granizo. O brilho do sol deixa-a tão linda que me apaixono por ela! Enfeito seus galhos, nutro sua terra, e assim dançamos todas as noites contra o vento. E será que tem mesmo que ser assim? Certa noite uma tempestade torrencial atinge nosso precioso altar, E ele amanhece repleto de rochedos, pedras pontiagudas, areia grossa, espinhos jogados à grama. Minha linda àrvore acorda enegrecida de tanto entulho, Lá se vai seu brilho, pobre paixão sublime de minha vida! Noss

"As Crônicas de um Casaco Usado"

Era uma quinta-feira do final do mês de Maio, o outono caía junto com as folhas avermelhadas das árvores e dava lugar ao inverno e à neblina. As ruas já estavam dominadas pela névoa enquanto eu voltava lentamente para meu apartamento, era pouco mais de dez da noite e, novamente, estaria mais cedo em casa justamente para compartilhar meu fim de noite com uma garrafa de Wisky BlackStone. Estranhos eram meus pensamentos, estranha era a forma como as estrelas brilhavam para mim. Talvez com um pouco de álcool conseguiria compreender o rumo para o qual minha vida estava indo. A felicidade estampada em meu sorriso, mas a tristeza tatuada em meus olhos. Me sentei na beirada da cama com meu copo cheio de sonhos perdidos, estava sozinha, só acompanhada pelo ritmo da banda anos 80 que tocavano rádio. Estava aliviada por ter de volta minha esposa, a qual eu perdera por algumas semanas por motivos desnecessários. Agora novamente podíamos ficar juntas e o céu parecia ter ficado mais anil de uma hora

Clichês? Menos, por favor!

O oxigênio parece nao cumprir as necessidades fisiológicas. Ela está sentada em sua cama fitando o teto com apatia e pensamentos desconexos. As pessoas que entram por sua porta são desconhecidas e estranhamente pálidas, seus olhos não reconhecem aquelas expressões mas, mesmo assim, fingem compreendê-las para poupar explicações quilométricas. As paredes do quarto se contraem sobre ela como um pulsar de um grande coração.. seria ela o sangue daqueles cômodos que a tanto tempo nao abandonava? Talvez já faça parte daquele pequeno universo e tenha medo de abandonar sua caverna, onde ela pode se esconder e esconder seus monstros para somente atormentarem a ela. A defesa do mundo custava suas forças e, assim, os monstros feriam só ela, mais ninguém. A janela semi serrada com as cortinas esvoaçantes brilhavam um negrume fétido que tirava sua fala e a lançava de volta para os pensamentos que tentavam se completar. Tacos.. Os tacos cor de madeira clara já sem brilho algum criavam um chão que a c
Desde já, só quero estar Com quem me serve E, de resto, serei breve. "Amo a liberdade! Por isso as coisas que amo, deixo-as livres, se voltarem foi porque as conquistei, se não voltarem, foi porque nunca as tive.'' Saint-Exupéry Sem ação, agora vai dizer que é jogo. Mas na verdade não se sabe o que é. Pode ir de amor inocente até guerra de gigantes, nem o próprio pensamento classifica. O ego as vezes se sobressai um pouco demais acompanhado pelo instindo. Os versos são psicografados todos para uma certa musa. É difícil penetrar nesse mundo, mas feito isso, todos os caminhos ficam abertos. A inquietude em relação a injustiça sempre à flor da pele. A revolução no canto e nos riffs da guitarra. A discrição e a extravagância. Os vícios e as defesas. O olhar perdido, a mente fluindo. A escolha, a diferença, a anomalia, a felicidade. Os exageros guiados pelo desejo do álcool. A viagem dos entorpecentes. A natureza insaciável, caçadora. Cheia de indiferença, personalidade egocên
Só mesmo as pequenas coisas e causas são capazes de criar as verdadeiras felicidades. Este é somente um lembrete que deveríamos entender todos os dias.