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Mostrando postagens de agosto, 2009

Serão os deuses, astronautas?

Tem tanta coisa errada no mundo. As atitudes erradas são responsáveis por toda a dor do ser humano, e os erros.. ah, os erros não deveriam ser somente dos homens, mas também dos deuses. Deuses estes no contexto de todo o universo. Para mim os deuses estão no soprar dos ventos, na noite escura, no sol que brilha. Sim, são deuses porque estão a nos acolher e vigiar e não há melhor coisa do que se sentar embaixo do Deus sol para apreciar a vista do Deus lago, gerador de vida marinha e brilho nos olhos ao refletir os raios. Essas situações criadas por eles, algumas até combinadas, ensaiadas para nos levar a certas formas de agir, criam atitudes que nem sempre serão as certas a tomar. Ah! se tudo pudesse ser apagado, se as escolhas pudessem ser experimentadas, se houvesse o ''tentar novamente'' com outro personagem do Mortal Kombat que não fosse somente a Li Mei.. Pena que somente suposições e desejos não constróem a vida, e nem nos guiam por ela. Mas sorte, sorte que apesar

Cavernas

Respirando nós nos mantemos vivos. Mas é necessário muito mais para realmente nos sentirmos vivos, sobreviventes de uma jornada rumo a não sei o que. É muito fácil viver esperando, viver somente assistindo, ser um figurante em um comercial de lojas de conveniência. Se esconder em sua caverna-casa, ou caverna-cabeça, retirar-se do mundo, privar-se das pessoas. Você até pensa que tem o bastante, sabe que não está feliz mas leva essa rotina fétida e acostuma-se. É muito fácil ficar à parte das situações, fechar as janelas para o sol, não se interessar pela política do país, achar normal um acidente por imprudência em plena marginal. Seguir uma novela é mais interessante do que assistir aos jornais e ver a desgraça e os avanços da ciência. Pra que saber o que está acontecendo, não é? Nada te afeta. No seu esconderijo você é imune às imundícies mundanas. Precisa de você e só. Está tudo escuro e frio, porém não é necessário calor.. o frio conserva mais a carne.

À caminho da prisão

O vento gélido balança as folhas das árvores . Um sombreado pálido se projeta em torno de seus galhos.. culpa da lua, que brilha tão redonda quanto uma bola de bilhar. As nuvens tímidas rumam lentamente para a direção leste, exatamente na mesma direção que ela caminhava. Seu cigarro sempre preso à mão direita, que periodicamente alcançava a boca em pequenos tragos. Os olhos atentos à rua deserta e negra, as poucas luzes que surgem no horizonte são dos postes de luz que brilham fracos por detrás dos prédios e arbustos mal cuidados. O asfalto emana uma frieza que gela suas veias, seu allstar congela e transpassa a falta que a noite trás para o resto de seu corpo. A noite.. ausência de luz, ausência de movimento, ausência de pessoas, ausência de limites. Qualquer álcool já é o bastante para aquecê-la. O jeito displicente e a falta de rumo a guiam para os lugares dos quais ela pertence. E aonde mora, a garota se perde. Se esconde por entre as paredes, se tranca embaixo do ralo, sacrifica m

''Rumo subliminar''

De nossas bocas saem palavras, palavras estas que são sons. Sons, que são fonemas. Fonemas, que são barulhos significantes de alguma forma para o emissor e que de algum modo serão recebidos pelo receptor. Há nisso tudo um início. Talvez um impulso elétrico produzido pelo cérebro que estimula a necessidade do indivíduo de se fazer entender, de se expressar. E assim nasce uma ligação.. Além da ligação sináptica dos neurônios.. Nasce a ligação entre duas pessoas. Primeiramente acontece por um olhar. O olhar que vê além da íris colorida, o olhar que alcança a alma e chega nos sentimentos e desejos, ele fala mais do que palavras e nesse momento não são precisas as complexas sílabas, pois os dois olhares se completam no silêncio da energia que emanam. Em seguida vem o toque, sutil e inocente, despreocupado e intenso. Falo do toque das mãos em uma face, do acariciar dos cabelos, da aproximação lenta de dois lábios. Os pensamentos fluem em uma sintonia totalmente mútua, os olhares se entrelaça

''As flores''

As flores rabiscam os desenhos mais delicados e sensíveis da natureza. Inundam de cores as árvores mais invisíveis, as que não seriam notadas. Suas pétalas macias, seu açúcar rico em vida, seu aroma imitado nos perfumes. Eu gostaria de viver mergulhada em um mar de flores, embebedada nos perfumes, drogada nos açúcares, jogada em seu cobertor de pelúcia e apaixonada pela sua beleza! É preciso sentí-las, apreciá-las. Tão inofensivas, mas perdidamente hipnotizantes. A beleza das flores, sua cor indefinida, sua imponência, seu olhar e seu sorriso. Tão divinas que se tornam perfeitas para uma analogia. É necessário tempo.. para falar das flores reais.. Então essas, deixa pra outro dia.
Hoje irei alcançar as estrelas, na total forma literal do verbo. São pessoas e mais pessoas, cada qual com seus pensamentos e ideais, vindas de todas as partes do mundo, murmurando os mais diversos dialetos e portando especiarias e trajes variados. Cada um, cada um... e ninguém talvez note uma garota de sobretudo, com fones de ouvido, um caderno e uma caneta, tomando Heineken no balcão da Black Coffee. Hoje eu vou voar para longe com asas de metal emprestadas, vou para um paraíso temporário que me fará bem por esquecer as besteiras de uma vida enlouquecida, mas que me fará também sentir falta das insanidades constantes que estou deixando para trás. Meu voo sai as 21:30..é.. o número 3 que sempre foi meu número da sorte agora está me perseguindo! Poltrona 3F, depois 3B.. e sim, acabei de olhar no relógio e são 20:23! Destino previsível da porra! Certo, estou na segunda Heineken, pra tirar o stress. E pouco alimento e muito álcool sempre arrasam, estou tonta! O sentimento que flui e