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Mostrando postagens de outubro, 2009

que leseira, meu Deus!

As palavras de quem foi passado atiçam minha mente. Frases reconfortantes, mais macias que tecido de seda. Elas tentam me abrir os olhos para sombras que não vejo, sombras de mim mesma. Certas pessoas me conhecem mais do que meus anjos. Eu acordei do que podia ser um sonho ou um pesadelo. Talvez pesadelo que eu tentava transformar em sonho, mas fui infeliz. Ou talvez eu nem estivesse dormindo, apenas cochilava em meio aos desejos envolventes de minha insana alma. Mas o que fica nesta alma marca feito fogo por entre os caminhos tortuosos Eu estou em pé diante de um abismo banhado de rochas brilhantes, amarelas. Ele me chama para perto mas, quando me jogo, me machuca e fere Sento-me na beirada a observá-lo, pensando qual seria o remédio que me curaria nesta queda. Talvez consiga ir planando para meu destino sem ter que me ferir nos espinhos que amortecem Ou talvez só tenha que me acostumar com a dor. Acordei, acordei deste sonho com tendência de pesadelo. Na verdade, eu tenho medo de alt

''monólogo''

Já até enjoei de mim pensando nela. Queria que alguma outra coisa entrasse em minha cabeça. [neste momento imaginei passarinhos numa árvore] Besteira, isso também é coisa de gente apaixonada!

Lisa e Gretzel

Minha história começa com alguém que afundou nos mares gélidos da costa austríaca. Foi uma garota moradora das montanhas, criada nos vilarejos interioranos formados por conventos, agrupamentos humildes de camponeses e casas luxuosas do outro lado do lago. Os campos encarpetados de edelweiss, o céu sempre azul, a música do vento a bater nas imponentes rochas altas e cobertas de neve ao topo. Ela adorava aquelas montanhas, as conhecia como se fossem parte de seu ser. A brisa das cordilheiras tocava seus cabelos louros e fazia voar-lhe pétalas amarelas de rosa. E o lago.. Ah, como ela apreciava aquele lago. Pena ser tão congelante para sua pele. A água tão clara quanto teus olhos, tão apressada e rica em carpas que pulavam insistentemente por cima das pedras, formando um borrão avermelhado em meio ao azul e ao brilho do sol. Pena os ursos não acharem a água tão fria assim. Cresceu cantando pelos campos, colhendo maçãs nas propriedades vizinhas, cresceu com os pés no chão. Mas como toda me

voando como colibris

Este é um testamento. Últimas palavras de um ser que se foi e escreve para deixar algum legado a quem lê. O dia passando pela janela. Nasceu o sol, que depois se foi, e nublou como que se preparando a chuva, que ainda não caiu. Talvez quando ela cair eu já não esteja mais aqui. O cigarro me nutre, fortifica meu corpo como alimento, e a MPB no rádio musifica meus ouvidos e diminui o tormento com o barulho ensurdecedor do silêncio. Pra quem fica eu deixo amores abandonados e pela metade, lembraças de risos calados. Pra quem vai comigo eu espero que tenha sorte e muita coragem. Eu vou com a cabeça erguida porque sei que somente esta é a cura para o que resta. O que nasce do fogo se fortifica. Sinto a energia correndo por todo o meu corpo, talvez seja a energia necessária para a partida. Sei que tenho que ir embora, vou renascer em outra dimensão e deixar o que eu amo em paz. Me livrei das amarras, vou pular para os céus e voar feito um colibri. Últimas palavras de um ser que se foi para q

''Em fase de implantação.''

É novo este horizonte que vejo. Brilha e agita as árvores como uma tempestade de adrenalina em cada parte do corpo. Tempestade recém-nascida, granizo cheio de orbital. Ele cai e toca meu rosto, penetra minha pele e infecta suas substâncias em minha corrente sanguínea. Viciei-me nesta insanidade, quero respirá-la, sentir teu gosto, comer tua essência. Tudo torto, tudo reto. Não tenho mais dúvida sobre em qual das três dimensões quero viver. Vivo em uma, respiro esta, sonho com a outra. Mas consegui juntar as três e transformá-las em somente Vivian. E só. Três se tornaram uma. Enxergo clarezas que antes as sombras me escondiam. Eram somente fantasmas e agora se mostraram fortemente explícitas aos meus olhos. Tão agressivas, mas necessárias! porque comigo só funciona desse jeito. Talvez sejam resquícios de sadismo, ou até mesmo a reação do meu corpo ao ver que já recolhi meus pedaços. Nesse monólogo sem pé, cabeça, olhos ou sequer alma eu concluo para mim mesma que enfim terminei de recol

prefácio

Está tudo cinza, nebuloso Era pra ser mais suave, mas às vezes a saudade que bate me desmonta contra as paredes As pixações das paredes, as ruas carentes de emoção Tanta coisa e ao mesmo tempo pouca coisa. O céu me enfeitiça, me enfeitiça o aroma dela. É pra cima que eu vou. Já abandonei tudo aquilo.. Agora eu romanciei minha vida. e ponto final.

adorável flor da primavera

Eu sou a artista. Jogo as cores, desenho linhas, misturo nuances. Estas paredes estão tatuadas com os diversos olhares e sorrisos, e não sei o que fazer com tantos riscos que esboçam o meu apartamento. É tudo novo, a primavera chega apagando com sua beleza e suavidade todas as outras estações que já se passaram pela minha janela. Desejo-a inteira, completa, bela. Mas só para mim. Me invade um medo de que ela vá embora, e volte o calor insuportável do verão sem flores, Que tento fotografá-la para não esquecer de sua beleza. Assim ela sempre estará alí. Mais fácil seria desenhá-la em minhas paredes e poder vê-la sempre que despertar. Eu sou a artista. Quero encontrar cores para poder reproduzí-la do modo mais bonito. Traçar as sombras como se o sol escolhesse o ângulo perfeito para minha visão. Contornar sua forma, entender seu significado. É primavera. E ela brilha do lado de fora de minha janela. Em meu quarto o brilho é do sorriso de menina, do olhar de mulher. Da ausência de palavras

you taste like honey. tell me, can I be your honey?

Eu sinto meus olhos cerrados, a boca semi-aberta e o rosto levemente abaixado. Um brilho de malícia, as mãos no bolso, um cigarro aceso na mão. Os pensamentos que a sua ida deixa fervilham minhas idéias. Talvez esteja sendo possível.. Você desperta meus piores demônios e meu presépio inteiro em um segundo, Revela uma fusão harmônica entre idéias opostas. Manchou todos os meus dias com o seu olhar, os olhos amendoados e delicados. Olhos de ressaca, talvez. Esperando que eu caia em um redemoinho para longe de minha sanidade. Não tenho medo de temê-los, como não tenho medo de enfrentá-los. Minha máscara está caindo, batendo na sarjeta da calçada e colidindo com meu rosto, E eu que nunca pensara que esta sensação pudesse ser boa. O mundo brilha mais, será coincidência do dia? O colírio que és para meus olhos talvez clareie minha visão. Pouco tempo, muitas sensações.. Mas como proceder diante de uma mulher dessas? Nova, totalmente inédita. E mal sabe ela sobre o poder que incide. Torço para