Viciada. Abre os olhos, pensamento unico, desejo insano. Guerra entre a direcao e a rendicao. Mente perturbada, um chiclete na boca para amenizar a ansiedade. Um cigarro ou dois.. ou tres, um gole de cafe. Balinhas no trabalho, cabeca transtornada de servico, cabeca tentando se ocupar. Sentimento de negacao, vontade, furia, miseria. Horario de almocar outro cigarro, jogar papo fora, apreciar as belezas, se olhar no espelho. Os azulejos do banheiro fitam-lhe, riem da tormenta, oferecem um pouco de alegria. Pensamentos ondulantes, receita de remedio ou teimosia. Aquele gosto nao sai mais da boca, aquela visao ja nao abandona a mente. Invade manha e noite, descanso e trabalho, conversa ou monologo. Ela esta viciada, sabe que nao vive mais sem aquilo, nao consegue. Viciada. E a abstinencia a corroe, sua mente nao consegue vencer, nao dessa vez. Amanha, amanha, amanha? Ja foram muitos amanhas. Passaram e se tornaram passado, substituidos por outros amanhas. A mente vaga por um unico caminh...