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deriva

E quem sou eu para reclamar? Nada daquilo era realmente meu.
As coisas passam e o que sobra é um pôr do sol rascunhado no céu e o som de um ventilador ligado.
Estava cômodo. Era como sentar-se em um museu para apreciar uma pintura.
Claro, era mais do que isso, bem mais.
Tinha tanta tintura que cegava meus olhos em certas horas do dia e, à noite, me impedia de enxergar o travesseiro que me confortava.
Presentes que eu recebi e que tive que deixar voar pelo mundo.
Não estou escrevendo sobre perdas, estou meramente descrevendo uma das coisas desnexas que bombam com meu sangue e fazem meu coração bater. Bater acelerado, bater forte como sempre.
E eis que minha inspiração começa a aromatizar o ar que chega aos meus pulmões.
Sorte que eu fotografei meu presente antes de deixá-lo novamente à deriva, e a imagem foi boa.
Os aviões de papel estão voando e indo com o pôr do sol!

cara, nao tentem entender nada!

Comentários

  1. Estranho,mais sabe quando você encontra as palavras ditas por outra pessoa?rs.
    é então,acho que achei.
    sempre intenso aqui,acho que é por isso que gosto.
    beeijos,saudade de você :(

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  2. eu entendi. Me sinto assim também, nesse exato momento, e é tão duro perceber que o sentimento de posse era ,no fim das contas, só um sentimento.

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  3. Muito bom Vih, ta escrevendo cada vez melhor ! Passei aqui pra ler alguns textos antes de dormir e não ia deixar de comentar pq se não depois vc fala q eu nunca leio seus textos hahaha adorei o "not only you and me" ! bjão

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  4. Eu? rs,você que escreve sobre mim.
    VAMOS SIM /o/o/o// nem que seja para tomar uma cerveja ;) posta aquiii poxaa...rãã

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