Tenho mergulhado num oceano de medos O que sinto ao redor é frio, anestesiante, opaco. Comigo carrego um coração libertino que hoje bate sem pressa, sem compasso. Nunca houve tanto silêncio. Ao redor do que criei, esse universo, esse agora. Da minha cabeça e coração indigentes, que tanto desejavam a musa mais bela, Fez-se a realidade de agora, em vida e não em morte. Sangrou-se por vários meses, eu também sangrei. Sei de mais alguns que se feriram nessa minha aventura de roubar as pétalas do universo. Mas tinha pressa, Desejosa, mesmo que em dúvida, mesmo que descrente, Dessa nova fragrância inebriante. Inconseqüente coração, me tornou uma mulher inconseqüente, E assim esqueci de todo o restante da minha obra. No anonimato descasquei todos os pudores, poucos, que ainda me restavam. É de uma loucura saudosista, uma vidraça embaçada, um suspiro aflito, um acordar secreto. Libertino este coração, apaixonado, castigou-se sozinho com veneno, Devoção à ela, ela. E send...