O que me vem?
Será consistente e certo?
Ou fará eu me perder por entre as estradas escuras e gélidas do desconhecido?
O que se aproxima, o que é novo, novidade.
O que se transforma, o que muda, mudança.Eu me entrego, me jogo, me deixo cair pelo penhasco à beira da correnteza. Sem pedras para me apoiar, sem galhos para me puxar, rumo à rendição, ao abraço confortável das novas águas.
O rio é feito de etanol, uma gigante porção alcoólica correndo por entre as montanhas e criando seus caminhos mais marcantes.
O rubror das águas mais quentes, sempre avermelhadas e embriagantes. Elas me envolvem com toques sutis da pele aveludada e queimam minhas veias.
As águas formam silhuetas atraentes e de olhares marcantes. Olhos da cor dos musgos das árvores da beirada.
Os seres marinhos são os mais belos e graciosos.
Dançam por entre meus pensamentos e brincam com meus mais incertos sentimentos. Acendem e apagam a luz que guia minha visão e transportam todo o foco de meu nervo óptico para os seus olhos dissimulados.Seduzem, envolvem, me perdem e me encontram, manipulam como uma marionete. As águas vermelhas e intensas me despencam em uma cachoeira de fumaça, por onde perco a consciência e fecho os olhos.
Minha voz sai em sons indefinidos e periódicos, como lamentos, suspiros, sussuros e risos.
O volume da música abafa os sons contínuos emitidos pelas águas, mas estes são tão ensurdecedores que ainda ecoam em minha cabeça, assombram meus sonhos, fazem o cenário dos meus dias.A insanidade e a loucura tomam conta de todos os membros de meu corpo, que se entregam na dança das águas vulcânicas.
E como são atraentes estas águas, mas nem um pouco inofensivas.
Apesar de estar vivendo um momento delicado Onde me pego dentro e fora do corpo, Vendo por detrás de uma vidraça embaçada, e, de repente enxergando de verdade. Apesar de estar inserida em uma segurança às vezes sufocante, anestesia, que me rotiniza os pensamentos. Apesar de ter cada dia mais certeza, são as muitas certezas que me provam que não se deve ter certeza de nada nesta vida. E isso é, isso é um porre. De repente a vida é muito longa, muitos anos, muita coisa para tão pouca certeza. A certeza é o caralho do qual não gosto. A minha rebeldia baixou aqui de passagem, a minha vontade era sair atrás de uns cinco neguinhos e me apresentar educadamente com uma direita bem colocada. Eu estou sem tempo ultimamente, pra mim, pra elas, praquelas e principalmente pros supérfluos que tenho que tropeçar todos os dias, esses tais que eu nunca cultivei mas que brotam como braquiárias, parasitas, vermes. Alguns dizem que arranjei pra minha cabeça.
Lindo o texto viih...
ResponderExcluirAhh,não precisa ler não,rs moorro de vergooonhaa.
Beijos linda :)
nossa que lindooooo seu texto vih!
ResponderExcluirvc escreve mtooo beeem! de uma forma que a gente até se sente dentro do texto, quase como se fosse o leitor vivenciando tudo que voce descreveu.
eu simplesmente amei essa frase: "Seduzem, envolvem, me perdem e me encontram, manipulam como uma marionete."
mto foda, como o texto todo!
bjus