O sol se põe como que escondendo um dia em vão.
O céu se avermelha, envergonhado por sua beleza ter passado desapercebida.
Está tudo girando lá fora.
Eu estou sentada de frente para a janela.
Tanta coisa por aí. Eu só preocupada em ficar aqui. Fechada.
Assim ninguém entra, ninguém sai. E eu tenho pleno controle sobre tudo.
Dura que nem pedra.
Cara fechada que o mundo me ensinou a fazer, assim parece que eu sou mais forte.
Fico navegando na minha ilha, ao som do violão de cordas de aço.
Minhas rimas saem fortes, altas, plenas.
Ao final da melodia, boca fechada. Ainda não comecei a falar com as paredes.
A cada minuto lá fora escurece mais. Aqui também.
E eu enxergo que sempre vai ser assim. Me, myself and I.
No fim sempre é. E a gente tem que aprender a se cuidar.
Quem realmente está ao meu lado, está a quilômetros de distância.
A única que me ouve é a dona do abraço no qual eu me jogo, me agarro, me protejo e amo.
Mas agora quem realmente está comigo, sou eu mesma e só.
Sinceramente não preciso de mais ninguém.
é assim que tem que ser!
ResponderExcluirDevemos nos bastar.
Amar não é depender!
Eu dependo só de mim, você só de você e estamos juntas pra dividir o que for!
(L)
Otimo texto como sempre!