Pular para o conteúdo principal

monólogo na varanda

Eu tenho tanto sol em meus olhos
Ele ilumina os caminhos alternativos da minha rua
É bom mudar o caminho de casa,
Bom optar por novas travessas, ver outras flores.
O caminho não se torna cego aos meus olhos deste modo.
Eu preciso derramar quilos de qualquer coisa adocicada nesta saleira para o gosto doce voltar aos meus lábios. Preciso do que é doce de volta.
Ainda soa para mim como um desafio, uma batalha perdida que vai resultar na guerra vencida.
Talvez seja sadismo de minha parte me deliciar com isso, talvez seja estratégia ou sentimento.
Presumo que ninguém conhece a resposta, nem mesmo quem deveria saber, nem mesmo a vizinha jeitosa do 36.
Eu a vejo da varanda, despreocupada na piscina. Sua vida é somente dela, seus pensamentos são do protetor solar.
Ela sabe sobre mim somente o bastante.
Ela sabe sobre mim o mesmo que eu sei.
A única diferença é que eu sei
Que eu adoro uma guerra.

Comentários

  1. mudar o caminho de casa é impressindivel! ... Gostei do final do texto!

    ResponderExcluir
  2. oi vivian,escrevendo mt bem como sempre,achei diferente dos outros isso é legal.gostei dessa parte "A única diferença é que eu sei
    Que eu adoro uma guerra." isso é um perigo ._. um perigo vicioso e incansável

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

rubrica.

Estou ficando lelé mesmo Com essa brincadeira de ser ou não ser.. A questão não existe, a questão não está em questão. Mas o ser ou não ser está sendo ensaiado nesse palco. Não tem ninguém pra assistir, nas cadeiras vazias somente a sombra de um ou dois espectadores. Eu também estou sentada lá atrás, olhando tudo de cima, criticando minha performance, e você está ao meu lado para me dirigir. Me dirige nesse ser ou não ser, numa peça sem fim. Não tem roteiro, não tem marcação, não tem nem imaginação. Só tem a reação verdadeira e espontânea. Então, penso eu, seja a atuação perfeita. Estamos fazendo um ótimo trabalho, é uma pena, mas uma pena mesmo, que não possamos apresentar.

dentro

A minha batalha contra mim mesma já passou, A luta agora que percorro é para esquecer que já teve uma vida. E de tão bela gostaria de apagá-la, Para nunca mais eu ficar sabendo que algum dia sorriu. A batalha que travo é contra mim e contra o mundo, Contra um sentimento de impotência que você tenta me fazer esquecer Mas eu teimo em me lembrar. De repente eu já não me aceito como guerreira, sou incapaz. E a gente tenta esquecer que isso tudo aconteceu pra, em um dia qualquer, Eu, sozinha, recordar de novo. Ficou faltando alguma coisa aqui dentro, (e nem eu aguento mais meus textos profundos e sem significado, mas cheios de impacto dentro, dentro desse abismo que têm se transformado a minha garganta.) Alguma coisa nos nossos retratos, Ficou faltando um sorriso cheio de alegria, que não seja a sombra de uma vida inteira. Ficou faltando minha melhor companhia, que não seja a conturbada por pensamentos de mais e atitudes de menos. Ficou faltando o que sobrou de mim, Que de r

amor de criança.

Hoje eu acordei compreendendo que tê-la ao meu lado é pura sobrevivência, assim como respirar, como o bater do coração. O perfume do seu corpo, esse mel precisa sempre estar por perto, Aquele sorriso, que tanto vislumbrei ontem, sorrisinho só seu e só meu.. Me modifica por dentro todas as vezes que vejo.. Eu acordei descobrindo que a sua pele é continuação da minha, Que a sua boca e a minha conversam sem palavras, Acordar ao seu lado é a realização do maior sonho que já tive em minha vida. Obrigada por me acompanhar pela vida, lado a lado, e de cabeça erguida seguirmos, sempre com um sorriso, por caminhos desconhecidos. Cada obstáculo, cada lugar que a gente fuça. Tenho certeza que sem você eu me perderia na primeira esquina da Juscelino. Obrigada por me ensinar, por me tolerar e por me amar dessa forma tão simples. Eu vou destinar esse dia para você, amor da minha vida. É a criança mais especial que eu conheço (elas também..).