A chuva caía insistentemente na superfície inquieta da piscina. Ela observava pela janela aquele céu acinzentado, ouvia os murmúrios da água contra a janela, pensava que preferia ficar em casa, mas que não aguentaria o sufocar do descaso que sentia.
Seus planos foram traçados naquela mesma semana, até um certo impulso a havia carregado para aquele momento. Passara o dia com sonhos que agora foram levados com a água, a mesma água que batia em seu rosto no caminho escuro subindo a rua Pamplona.
Aquela situação não poderia se repetir, foi somente um beliscar de raiva para que ela bambeasse em sua sanidade.
Rumou a contra gosto para o mesmo inferno do qual estava acostumada, bebeu a mesma coisa que sempre bebia, conversou a mesma conversa de sempre.
A única diferença era que sua companhia a compreendia, riam até a exaustão, dançavam como doentes de um sanatório, eram irmãs em uma bolha, não pensavam em mais ninguém.
De repente ela percebeu que seu desgosto se transformava em fome, ela tinha fome por qualquer coisa que a fizesse mais forte e tinha náuseas pelas almas pedintes de sua atenção. Quem diabos pensavam que eram para querer sua atenção?
O seu mundo alí estava completo. A música ecoava em seus ouvidos e a fazia lembrar que estava viva. Mas ela estava viva sozinha e assim queria estar. Apesar de algumas distrações, assim queria estar.
Os cigarros agora criminosos tragavam um veneno tentador para seus pulmões, a chuva ainda caía, o frescor agitava seus cabelos e amenizava seu suor.
Deve ter sido alguma gota de chuva, ou a própria chama do cigarro, que estourou a bolha e fez com que alguma coisa entrasse.
Tinha a silhueta perfeita, movimetava-se com graciosidade e carregava nos olhos a ousadia que há muito ela não via.
Foi tão ágil que em segundos já não sabia que lábios beijava, que mãos procuravam as tuas, que voz pedia seu telefone. Ela não retornaria no outro dia. Não se a madame graciosidade não tivesse a encontrado no meio da multidão e gritado através do celular. Mas quando ela abriu os olhos incomodada com os raios dourados que adentravam pela janela, ela estava sozinha, do jeito que queria tanto estar!
Sozinha e vazia, talvez ela nao queira ser completa. Queira apenas ser a metade que é, e só.
Não pensava em grandes coisas.
Ela estava a caminho de encontrar-se com deus Ades.
Seus planos foram traçados naquela mesma semana, até um certo impulso a havia carregado para aquele momento. Passara o dia com sonhos que agora foram levados com a água, a mesma água que batia em seu rosto no caminho escuro subindo a rua Pamplona.
Aquela situação não poderia se repetir, foi somente um beliscar de raiva para que ela bambeasse em sua sanidade.
Rumou a contra gosto para o mesmo inferno do qual estava acostumada, bebeu a mesma coisa que sempre bebia, conversou a mesma conversa de sempre.
A única diferença era que sua companhia a compreendia, riam até a exaustão, dançavam como doentes de um sanatório, eram irmãs em uma bolha, não pensavam em mais ninguém.
De repente ela percebeu que seu desgosto se transformava em fome, ela tinha fome por qualquer coisa que a fizesse mais forte e tinha náuseas pelas almas pedintes de sua atenção. Quem diabos pensavam que eram para querer sua atenção?
O seu mundo alí estava completo. A música ecoava em seus ouvidos e a fazia lembrar que estava viva. Mas ela estava viva sozinha e assim queria estar. Apesar de algumas distrações, assim queria estar.
Os cigarros agora criminosos tragavam um veneno tentador para seus pulmões, a chuva ainda caía, o frescor agitava seus cabelos e amenizava seu suor.
Deve ter sido alguma gota de chuva, ou a própria chama do cigarro, que estourou a bolha e fez com que alguma coisa entrasse.
Tinha a silhueta perfeita, movimetava-se com graciosidade e carregava nos olhos a ousadia que há muito ela não via.
Foi tão ágil que em segundos já não sabia que lábios beijava, que mãos procuravam as tuas, que voz pedia seu telefone. Ela não retornaria no outro dia. Não se a madame graciosidade não tivesse a encontrado no meio da multidão e gritado através do celular. Mas quando ela abriu os olhos incomodada com os raios dourados que adentravam pela janela, ela estava sozinha, do jeito que queria tanto estar!
Sozinha e vazia, talvez ela nao queira ser completa. Queira apenas ser a metade que é, e só.
Não pensava em grandes coisas.
Ela estava a caminho de encontrar-se com deus Ades.
E por que essa mania de acharmos que somos metade? Somos inteiros, mas inteiros como um queijo suiço!!! :o)
ResponderExcluirE que algo por favor estoure a minha bolha.
ResponderExcluirAdorei.