Sempre gostei de amores platônicos.
Alí paradas em seu pedestal, e eu, mero súdito, ajoelhada humildemente a fitar seus olhos.
O caminho é o mesmo que já fiz tantas vezes mas ainda tem gosto de adrenalina. Os cigarros são inúteis para o semblante apreenssivo.
Eu sei que não tem novidades, não tem o ar sereno de um primeiro aceno, não tem minha bagunçada no cabelo pra tentar fazer charme, mas é um caminho que me atrai e sempre atraiu.
Vou e volto como em um passeio turístico pela minha própria terra.
Meu único segredo vai continuar bem guardado por detrás de meus olhos pedintes de súdito.
Eles quase me denunciam, mas sei disfarçar!
Sei fingir com a desenvoltura de um artista, ensaiando uma cena de malandro de bem com a vida.
Escondo que na verdade estou trêmula no corpo e nos pensamentos e queria saber até agora que força foi aquela que me impediu de ficar parada, estática, e fez-me continuar os passos.
Foi-se a monarquia, mas ainda sou um súdito, camponesa distante que colhe maçãs e escreve poesias na parede dos quartos. camponesa que sobe todas as noites no telhado debaixo das estrelas para tentar ver alguma luz do outro lado do lago.
Já tinha descoberto outros mundos, outros ares, mas o reino enfeitiça.
Por isso sento-me somente a observá-lo de longe.
Não sou mais moradora dessa terra de outros ou terra de ninguém.
É como estar adulto e se recordar da infância, os olhos adquirem um brilho até semelhante.
Alí paradas em seu pedestal, e eu, mero súdito, ajoelhada humildemente a fitar seus olhos.
O caminho é o mesmo que já fiz tantas vezes mas ainda tem gosto de adrenalina. Os cigarros são inúteis para o semblante apreenssivo.
Eu sei que não tem novidades, não tem o ar sereno de um primeiro aceno, não tem minha bagunçada no cabelo pra tentar fazer charme, mas é um caminho que me atrai e sempre atraiu.
Vou e volto como em um passeio turístico pela minha própria terra.
Meu único segredo vai continuar bem guardado por detrás de meus olhos pedintes de súdito.
Eles quase me denunciam, mas sei disfarçar!
Sei fingir com a desenvoltura de um artista, ensaiando uma cena de malandro de bem com a vida.
Escondo que na verdade estou trêmula no corpo e nos pensamentos e queria saber até agora que força foi aquela que me impediu de ficar parada, estática, e fez-me continuar os passos.
Foi-se a monarquia, mas ainda sou um súdito, camponesa distante que colhe maçãs e escreve poesias na parede dos quartos. camponesa que sobe todas as noites no telhado debaixo das estrelas para tentar ver alguma luz do outro lado do lago.
Já tinha descoberto outros mundos, outros ares, mas o reino enfeitiça.
Por isso sento-me somente a observá-lo de longe.
Não sou mais moradora dessa terra de outros ou terra de ninguém.
É como estar adulto e se recordar da infância, os olhos adquirem um brilho até semelhante.
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